Histórias do velho povoado do Tope - pela voz de Zulmira e pelas mãos de Maneco Schell
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Mesclando ficção e História – as duas matérias sempre andam juntas nos estudos literários – o Doutor em Literatura, compôs sua tese contando a História de sua terra natal, o Tope, comunidade sesquicentenária localizada entre os municípios de Marau e Nicolau Vergueiro, bem como do primeiro professor da localidade, o Maneco Schell. Mais uma vez fez valer sua genialidade visto que, ao invés de se ater a fatos, datas, eventos, valeu-se de narrativas sem linearidade através de recortes de histórias alusivas à vida dos cidadãos que nasceram e viveram no Tope. Assim, a narrativa flui mesclando acontecimentos históricos como o desfecho da morte e do velório da avó, Zulmira, e as impressões que ficaram gravadas na memória do autor para sempre, com ficção como o episódio do peão que campeava o gado do estancieiro à noite quando se deparou com um séquito inusitado conduzindo um defunto ao cemitério do Tope, séquito este do qual ninguém jamais ouviu mencionar. Aqui a narrativa chega ao campo do fantástico, tal como no romance A Hora dos Ruminantes do romancista José J. Veiga. Eis um texto acadêmico que despertará a curiosidade de todos quantos buscam aprofundar-se no conhecimento de costumes, superstições, lendas e formas de vida de uma comunidade interiorana que ainda sofre influência das tradições do passado, que se conservam ao longo de aproximadamente cento e cinquenta anos. Aliás, em memória deste assado, em muitos momentoso autor optou por uma linguagem coloquial em detrimento da forma culta.
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