Os últimos dias em preto e branco
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Setembro de 1970. Após a primeira Copa do Mundo transmitida pela TV, o governo militar percebe que chegou hora de investir mais nessa mídia que já vinha substituindo o rádio no coração dos brasileiros. No Rio, uma fictícia estação desponta entre um gigante acomodado, a TV Tupi, e uma pequena que caminha para se tornar gigante, a TV Globo. Seu trunfo: um programa de calouros para sacudir a audiência com um resultado improvável. Neste seu segundo romance, o autor relata as aventuras da TV Carioca, que reúne as qualidades – e defeitos – dos canais que sumiram do seletor: TV Excelsior, TV Rio e TV Continental. Porém, mais uma vez, os acontecimentos provarão a importância do trabalho de uma equipe solidária. São muitos personagens em ação: o diretor de programas decidido a tomar todo o gim do planeta, o locutor de rádio que tenta refazer sua carreira, a aspirante a atriz que brigou com a família de classe alta para ser estrela da TV, o coronel do exército mandado por Brasília para criar uma atração exaltando os valores da família brasileira, e a equipe de jovens iniciantes na carreira, alguns deles militando contra a ditadura. Daria certo? Provavelmente não, no que dependesse de um diretor executivo mais preocupado com a vida sexual do que com a programação. E no meio de todas estas tramas, a lembranças de um céu de estrelas que brilhavam já antes da TV brasileira ficar colorida. Marcus Veras foi assistente de produção do Concertos para a juventude, e da TV Globo foi para o Jornal do Brasil. Ganhou em 1986 o Prêmio Guimarães Rosa com o livro de contos A Cidade arde. Em 1994 publicou As copas que eu vi, sobre o repórter esportivo Oldemário Touguinhó. Em 2013 lançou o ebook O Homem que o Brasil devorou, baseado na história de Gabriel Soares de Souza. Em 2014 lançou seu primeiro romance, Qualquer maneira de amar, com as reminiscências de quem viveu os anos de chumbo. Em 2016, o segundo ebook, Só para homens, uma alegoria feroz sobre a violência que assola o Rio de Janeir
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