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Sopro, primeiro livro de ficção longa de Concha Celestino, publicado pela Livrus Editorial, consiste em 48 capítulos breves em que as vozes das duas personagens principais, mãe e filha, se alternam. Aos poucos, vai se criando uma teia intimista. O leitor é convidado a mergulhar na solidão, sonhos, dores e breves alegrias de cada personagem, mas alguns mistérios continuam preservados. A história tem início num ambiente urbano; depois, as personagens se deslocam para uma geografia bem brasileira, onde vivem muito ligadas à natureza. Apesar da temática, não o considero um livro integralmente triste; ele tem toques de humor e poesia, o que lhe dá uma certa leveza. Em minha escrita, busco a leveza como reação ao peso do viver — revela a autora. Sopro mostra como as pessoas podem reagir à perda de alguém querido e como o amor e a espiritualidade teimam em sobreviver numa vida devastada. O livro também trata da incomunicabilidade, do envelhecimento, da volatilidade da memória, da quase inconsistência da vida.
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